Cinco momentos históricos do funeral do Papa Francisco

  • 26/04/2025

Cinco momentos históricos do funeral do Papa Francisco

Uma breve reunião entre Trump, Zelenskyy, Macron e Starmer teve lugar no Vaticano Presidência Ucraniana

Euronews

Realizada ao ar livre na Praça de São Pedro, a missa pelo falecido líder da Igreja Católica contou com a presença de dezenas de milhares de pessoas e mais de 100 delegações oficiais, incluindo chefes de Estado como o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy.

Entre os participantes encontravam-se também figuras europeias de topo, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-Ministro britânico, Keir Starmer.

Com a presença de tantos líderes mundiais, o funeral do Papa Francisco tornou-se um dos mais importantes encontros internacionais do ano.

Eis cinco momentos marcantes do dia:

1. A mini-cimeira improvisada de Trump e Zelenskyy

Uma das imagens mais marcantes foi a de uma reunião improvisada no Vaticano.

As fotografias divulgadas pela presidência ucraniana mostram Zelenskyy, Trump, Macron e Starmer reunidos num salão de mármore antes do funeral, com Macron a apoiar Zelenskyy.

Trump e Zelenskyy tiveram também uma conversa privada de 15 minutos, olhos nos olhos, no interior da Basílica de São Pedro. Os dois estavam sentados frente a frente, sem quaisquer assessores ou conselheiros por perto, o que sugere uma conversa privada e direta entre eles.

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O diretor de Comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, descreveu a reunião como "muito produtiva", com planos para novas discussões no final do dia.

Esta interação direta e aparentemente cordial contrastou fortemente com as recentes tensões públicas entre os dois líderes.

Numa publicação na rede social X, Zelenskyy afirmou que a reunião foi positiva e que tem potencial para se tornar histórica.

2. O inesperado "sinal de paz" de Trump e Macron

Trump and Macron 'exchanging peace' AP Photo

Noutro momento notável durante a missa fúnebre, Trump participou no ritual católico conhecido como o "sinal da paz".

Trocou apertos de mão com os seus vizinhos mais próximos: o presidente finlandês Alexander Stubb, com quem jogou golfe recentemente na Flórida, e o presidente estónio Alar Karis.

Mas também apertou a mão ao presidente francês Emmanuel Macron, sentado a uma curta distância.

Na liturgia católica, o "sinal da paz" ocorre depois do Pai Nosso e antes da Comunhão, quando a congregação é convidada a oferecer um gesto de paz, normalmente um aperto de mão, uma vénia ou um abraço, dependendo da tradição.

O aperto de mão com Macron foi possível graças a alterações de última hora na disposição dos lugares na primeira fila, uma vez que o protocolo do Vaticano foi posto de lado para este evento sem precedentes.

Trump e a primeira-dama Melania, mas também Zelenskyy, tiveram direito a lugares na primeira fila ao lado de outros líderes importantes, o que realça o significado internacional do funeral.

3. O segundo encontro de Trump com Ursula von der Leyen

Segundo encontro oficial entre Trump e Ursula von der Leyen. Conta de von der Leyen no X

Nas escadarias da Praça de São Pedro, Trump e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, trocaram um aperto de mão.

Foi o primeiro encontro entre os dois líderes desde 21 de janeiro de 2020, quando se encontraram no Fórum Económico Mundial em Davos.

Embora breve e limitada a cortesias formais, a interação pareceu calorosa, apesar das recentes tensões transatlânticas sobre as tarifas comerciais.

Von der Leyen disse nas rede social X que "teve boas trocas de impressões" com vários dos líderes reunidos para prestar a sua última homenagem ao Papa.

Não se sabe ao certo com quantos outros líderes Trump se encontrou durante a sua curta estadia em Roma. Há indicações de que também falou brevemente com o chanceler alemão Olaf Scholz e também com William, o Príncipe de Gales.

4. A mudança simbólica de Zelenskyy no guarda-roupa

Zelenskyy no funeral do papa Francisco. AP Photo

Zelenskyy alterou de forma notável o seu traje militar típico para o funeral, optando por roupas escuras.

Embora mantendo um visual de inspiração militar, Zelenskyy optou por um elegante casaco preto com bolsos à frente e um corte mais informal, combinado com uma camisa escura em vez da sua típica t-shirt, e botas escuras.

Desde a invasão total da Ucrânia pela Rússia em 2022, Zelenskyy tem usado constantemente trajes militares informais como símbolo de solidariedade para com os soldados na linha da frente.

No entanto, a escolha da roupa de Zelenskyy já tinha suscitado polémica durante a sua última visita a Washington D.C., onde a pergunta de um repórter sobre o aspeto informal do que vestia alterou brevemente o tom do evento.

A sua escolha de se vestir mais formalmente para o funeral marcou uma mudança significativa, embora subtil, para a ocasião solene.

5. Uma tendência anti-Trump na homilia

O cardeal Re, de 91 anos, lê a sua homilia na missa fúnebre do Papa Francisco. AP Photo

Durante a sua homilia, o Cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais, celebrou a defesa inabalável do Papa Francisco pelos migrantes e pelos marginalizados - comentários que alguns viram como uma repreensão ao presidente Trump, que estava presente na audiência.

O Cardeal Re citou as visitas do Papa Francisco a Lesbos e Lampedusa, duas ilhas que simbolizam "a tragédia da migração, com milhares de pessoas a afogarem-se no mar", mas também a missa que o Papa Francisco celebrou na fronteira entre o México e os EUA.

Battista Re também fez eco da exortação permanente do Papa "Construir pontes, não muros", uma frase há muito interpretada como uma crítica direta às políticas de Trump.

A multidão respondeu com aplausos espontâneos, especialmente durante os apelos de Re à paz e ao diálogo face à guerra e à destruição - um ponto alto emocional da cerimónia.

"Perante as guerras furiosas dos últimos anos, com os seus horrores desumanos e inúmeras mortes e destruição, o Papa Francisco levantou incessantemente a sua voz, implorando a paz e apelando à razão e à negociação honesta para encontrar possíveis soluções", salientou Giovanni Battista Re.


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